Projetos de formação discente

Parecer da Comissão Científica

Projeto do CEBIMar

Dados do solicitante

Guilherme Loyola da Cruz

Natureza do projeto

Projeto de formação discente
Mestrado
Hudson Tercio Pinheiro
Por favor, selecione

Pesquisadores ou docentes associados

Recursos

88887.875805/2023-00
Capes

Descrição do projeto

Diversidade e Conservação de Peixes Recifais em
Ecossistemas Mesofóticos
23-01-2024
24-08-2025
Situados entre as profundidades de 30 a 150 metros, os ecossistemas recifais mesofóticos
(ERMs) possuem comunidades de organismos distintas dos recifes de água rasa (0 – 30m).
Contudo, apesar de ambos serem intensamente afetados por problemáticas ambientais, as
políticas de manejo e conservação estão concentradas nos ambientes mais rasos. Por isso,
utilizando dados obtidos a partir de geoprocessamento e censos visuais subaquáticos, este
projeto visa compreender a distribuição batimétrica das áreas protegidas e as características das
assembleias de peixes recifais em diferentes localidades ao redor do mundo. Dados preliminares
mostram que somente uma pequena fração dos ERMs estão protegidos quando comparado com
recifes rasos, ao mesmo tempo que abrigam uma alta concentração de espécies endêmicas.
Dessa forma, além de gerar dados para regiões e ecossistemas historicamente pouco estudados,
este projeto pode promover subsídios que contribuem para o manejo e proteção dos ERMs.
Com isso, tanto a grande biodiversidade presentes nos recifes quanto os serviços ecossistêmicos
podem ser beneficiados.
Áreas Marinhas Protegidas (AMPs); Ictiofauna; Sistema de Informações Geográficas
Área de estudo:
A área de estudo compreende 14 localidades de diferentes províncias biogeográficas situadas
ao longo dos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico (Anexo: Tabela A1). Todas as localidades
apresentam áreas marinhas protegidas e foram visitadas entre os anos de 2016 e 2023.
Geoprocessamento:
Para cada localidade serão obtidos dados vetoriais e raster para a produção de mapas que
evidenciem as porções de recifes rasos (0 – 30m) e mesofóticos (30 – 150m), bem como os
polígonos que delimitam as Áreas Marinhas Protegidas (e.g., anexo: Figuras A1, A2 e A3). A
partir desses mapas, obteremos, de 30 em 30 metros de profundidade, a área (km²) recifal
correspondente a cada estrato de profundidade. Assim, utilizando os polígonos das AMPs, será
calculado a porcentagem de cada zona batimétrica que está protegida. Os dados utilizados serão
provenientes de produções científicas e plataformas/repositórios oficiais dos governos de cada
localidade, enquanto a produção dos mapas e análises serão realizadas no software livre QGIS.
Ictiofauna recifal:
O acesso às diferentes feições dos recifes foi realizado através de mergulho técnico e os dados
das comunidades de peixes coletados a partir de censos visuais subaquáticos (CVS) (Pinheiro
et al., 2016; Rocha et al., 2018). As amostragens foram realizadas em quatro estratos de
profundidade, sendo eles: raso (90m). Cada localidade conta com pelo menos 12 amostras por classe de
profundidade (anexo: Tabela A1), suficiente para se estimar a diversidade local de espécies
(anexo: Figura A4).
Análise de dados:
As métricas das comunidades serão calculadas através de curvas de rarefação (espécie-área) e
extrapolação com hill numbers (Chao et al., 2014). Posteriormente, as curvas serão analisadas
entre os estratos de profundidade e as províncias biogeográficas, sendo comparadas através da
sobreposição ou não de seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Em função dos valores
de ordem q, serão plotadas três curvas que representarão a riqueza de espécies (q = 0),
diversidade de Shannon (q = 1) e diversidade de Simpson (q = 2) (Chao et al., 2014). Devido à
elevada riqueza total e presença de espécies raras (i.e. single e doubletons), as curvas serão
construídas baseando-se no conceito de amostras com igual integridade (sample coverage)(Chao & Jost, 2012). Assim, integrando os dados empíricos das comunidades de peixes aos
resultados das análises de geoprocessamento, identificaremos quanto da diversidade
ictiofaunística está sendo protegida pelos limites das AMPs em cada estrato de profundidade.
Atividades
1. Disciplinas (1°, 2°, 3° e 4° trimestre)
2. Análises de dados e produção dos
resultados (1°, 2°, 3° e 4° trimestre)
3. Discussão dos resultados ( 3°, 4°, 5° e 6° trimestre)
4. Escrita da dissertação (4°, 5°, 6° e 7° trimestre )
5. Produção de manuscrito científico ( 7° e 8° trimestre )
6. Defesa/apresentação da dissertação ( 8° trimestre)

Solicitações

Será necessário a utilização da sala de estudos
NA
NA
NA
NA
Não
  • Janeiro
  • Fevereiro
  • Março
  • Abril
  • Maio
  • Junho
  • Julho
  • Agosto
  • Setembro
  • Outubro
  • Novembro
  • Dezembro
24
1