Projeto de pesquisa

Os indivíduos serão amostrados por meio de captura ativa e instalação de substrato artificial (estruturas que serão providenciadas pelos próprios pesquisadores) por meio de mergulho livre e autônomo e em seguida transportados para o laboratório em caixas térmicas. Fêmeas ovígeras serão mantidas em aquários separados e vistoriadas diariamente para verificar a liberação de larvas (primeiro estágio), as quais após a eclosão serão fixadas em uma solução de álcool 70% + glicerina (1:1), enquanto as fêmeas pós desova serão fixadas em álcool 100% e identificadas de acordo com literatura específica (Anker et al. 2012). A descrição larval será realizada seguindo o proposto por Clark et al. (1998) e Clark & Cuesta (2015), utilizando a terminologia de cerdas de Garm (2004). Os demais indivíduos (machos e fêmeas não ovígeras) serão submetidos às análises de tamanho genômico, por meio de citometria de fluxo e descrição do cariótipo com utilização de técnicas já descritas na literatura (com adaptações de protocolo) (Jeffery et al. 2016), e também a análises morfológicas dos apêndices sexuais primários e secundários por meio de microscopia eletrônica de varredura (Lautenschlager et al. 2010; Sant'Anna et al. 2010; Martin & Scholtz 2012). O comportamento de cópula será filmado, para construção de etogramas descritivos, com a finalidade de acompanhar e comparar os mecanismos de cópula de espécies do gênero Synalpheus, adaptando a metodologia do trabalho realizado por Chow et al. (1982), com a espécie Macrobrachium rosenbergii.