Parecer da Comissão Científica

Aprovado
Projeto Externo - de Outra Unidade da USP
30-11-2015 00:00

Dados do solicitante

Elisa Van Sluys Menck

Natureza do projeto

Projeto de formação discente
Iniciação científica
Alexander Turra
Por favor, selecione

Pesquisadores ou docentes associados

Andréa de Lima Oliveira
Daniel Tardelli
Rita Monteiro Camargo
Marina Ferreira Mourão Santana
Caiuá Mani Peres
Isadora D Alessandro Adamo
Lucas Barbosa

Recursos

PIBIC
CNPq

Descrição do projeto

Projeto de monitoramento de Resíduos Sólidos no Arquipélago dos Alcatrazes
29-09-2014
30-11-2015

Atualmente a preocupação com o lixo marinho vem crescendo globalmente. Os resíduos irregularmente descartados atingem, inclusive, Unidades de Conservação (UC), áreas com características naturais relevantes. Parte do Arquipélago dos Alcatrazes é inserido na Estação Ecológica (ESEC) de Tupinambás e mesmo com as restrições inerentes a esse tipo de UC, ocorre a presença de lixo marinho na região. Dessa forma, é proposto um projeto de monitoramento de macro-lixo marinho submerso aplicável às condições do Arquipélago bem como protocolos para coletas pontuais de resíduos flutuantes (para macro-lixo e microplástico). O monitoramento e as coletas serão implantados para se obter um diagnótico do lixo marinho na região (distribuição, abundância, entre outros) e para avaliar quais os benefícios trazidos pela existência da UC, servindo como ferramenta para auxílio de gestão do poluente nas condições atuais e quando acontecer a prevista liberação de atividades recreativas na região.
Lixo Marinho, Monitoramento, Unidade de Conservação, Arquipélago dos Alcatrazes


O censo visual realizado por mergulho autônomo é indicado como o método de monitoramento de lixo submerso menos impactante para o ecossistema, sendo, portanto, o mais adequado para UCs. A proposta exige equipe treinada e certificada para a realização do SCUBA, além de equipamento de mergulho e embarcação para o deslocamento até os pontos de amostragem.
A coleta do material será realizada em águas rasas (aproximadamente 10 metros) em dois pontos adjacentes à Ilha de Alcatrazes. Os pontos definidos para a coleta são na face menos exposta à energia de ondas, um fora e outro dentro da ESEC. Serão 3 transectos de 50mx4m totalizando 600m2; por ponto de coleta. Os transectos serão dispostos no encontro das rochas e da areia e como é essencial que sejam sempre amostrados os mesmos locais, serão demarcados por pequenas marcações de fundo para guiar os mergulhadores.
Coletas pontuais de macro-lixo e microplástico flutuantes serão realizadas com o auxílio de um puça (malha 5mm). Além, com o intuito de amostrar menores frações de microplástico serão coletados 3L de água superficial. A filtração será feita com o auxílio de seringas e suportes para filtros (poros de 1 a 1,6microm).
Todas as características das coletas serão anotadas (coordenadas geográficas, condições climáticas, direção predominante do vento, entre outras) e todos os itens serão coletados, classificados e quantificados, além de serem escolhidos alguns itens indicadores para verificar as principais fontes de lixo.




A primeira etapa será realizada no final de Setembro/2014 para a demarcação dos seis transectos nos pontos de coleta através da implantação das marcações de fundo. Para iniciar o monitoramento na próxima saída todo o resíduo encontrado nas áreas delimitadas serão coletados.
Assim, se iniciará a fase do monitoramento. Serão quatro coletas ao longo de um ano: Dezembro/2014 e Março, Junho e Setembro/2015. As datas exatas serão definidas conforme a disponibilidade da equipe e embarcação da ESEC, mas deve seguir o cronograma trimestral para se avaliar a variação sazonal no acúmulo do lixo submerso.
Cada campo terá no máximo quatro dias, sendo o primeiro dia para a organização do equipamento, o seguinte para a ida ao Arquipélago, o terceiro e quarto seriam dias coringas caso haja dificuldades de saída devido a mau tempo.
Ao longo do ano, seguindo o protocolo disponibilizado pelo projeto, a equipe da ESEC coletará o lixo flutuante avistado em suas saídas semanais - o mesmo será feito nas coletas do monitoramento - e o material será armazenado na base da própria instituição para que a equipe do projeto faça sua quantificação e classificação. Com a mesma frequência, serão realizadas as coletas da água superficial. Dessa forma, será possível verificar a taxa de entrada do material flutuante na região.
Serão redigidos relatórios parciais em Janeiro e Julho/2015 e quando completa a fase do monitoramento submerso, será redigido o relatório final do projeto.

Solicitações

Durante o campo só será necessária área suficiente para armazenar o equipamento de mergulho de quatro a cinco pessoas e o material coletado, caso não tenham sido feitos seu tratamento e descarte.
Os equipamentos a serem emprestados do CEBIMar são apenas os cilindros (com ar comprimido) para mergulho. Idealmente serão utilizados oito cilindros por saída, considerando o máximo de cinco pessoas.
Não serão coletados organismos.
Os pontos de coleta serão na face protegida da ação de ondas na Ilha dos Alcatrazes, um dentro da ESEC e outro fora da ESEC, na região conhecida como Portinho.
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Iremos colocar simples estruturas dos pontos de coleta, compostas de pequena quantidade de Tubolit nas rochas ou trados na areia. Não será necessário auxílio do CEBIMar.
  • NEC_SETT
Por favor, selecione
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