Parecer da Comissão Científica

Aprovado
Projeto Externo - de Instituição Governamental Brasileira
28-02-2020 00:00

Dados do solicitante

Giulia Giusti

Natureza do projeto

Projeto de formação discente
Mestrado
Leonardo Querobim Yokoyama

Pesquisadores ou docentes associados

Recursos

Bolsa de mestrado concedida a Giulia Giusti
CAPES

Descrição do projeto

A morfodinâmica praial como reguladora da dinâmica populacional do gastrópode Impages cinerea (Born, 1778)
31-07-2018
28-02-2020
Praias arenosas são ecossistemas de transição entre o meio terrestre e marinho e possuem alto valor econômico e social. São ambientes dinâmicos e sua estrutura é definida principalmente pela interação entre três fatores: o tamanho do sedimento, a energia de onda e as marés. A combinação entre esses fatores gera diferentes estados morfodinâmicos: refletivo, intermediário e dissipativo. Estas características físicas estão ligadas aos aspectos de comunidades e populações, influenciando seus padrões. Uma série de hipóteses foram formuladas a fim de descrever e tentar compreendê-los. Uma delas é a Hipótese da Severidade Ambiental (HSA), que prevê alteração nos descritores da comunidade (menor riqueza de espécies, diversidade e abundância) e de população (diminuição nos níveis de abundância, crescimento, fecundidade, sucesso reprodutivo e maior taxa de mortalidade) de praias dissipativas para refletivas. Apesar de bem sedimentada para comunidades, o paradigma para populações ainda continua contraditório. Recentemente trabalhos testando a HSA vem demostrando resultados divergentes de seus pressupostos. Dessa forma, o presente projeto pretende testar a HSA utilizando aspectos populacionais do gastrópode Impages cinerea como modelo. Para isso, foram escolhidas nove praias ao longo do litoral do estado de São Paulo, sendo três dissipativas, três refletivas e três intermediárias, que serão amostradas uma vez por estação do ano. Especificamente serão avaliados a (1) estrutura populacional, (2) a produção secundária, (3) o crescimento relativo e (4) variação morfométrica das diferentes população
Ecologia bêntica, praia arenosa, dinâmica populacional, hipótese da severidade ambiental
As coletas ocorrerão no inverno (junho e julho) e primavera (outubro e novembro) de 2018, e no verão (janeiro e fevereiro) e outono (abril e maio) de 2019. Para tanto, um setor de amostragem será determinado em cada praia, onde será feita uma coleta por estação do ano. Cada setor irá conter quatro transectos perpendiculares a linha d agua e distanciados por dez metros entre si. A amostragem ocorrerá de forma direcionada a espécie, assim, pontos amostrais serão realizados ao longo de cada transecto, a partir da linha d agua em direção ao supralitoral, até que em dois pontos consecutivos não seja obtido nenhum indivíduo de I. cinerea. As amostras serão obtidas com um amostrador quadrado de 50cm de lado, raspando superficialmente o sedimento. Depois de obtidas, as amostras de sedimento serão lavadas com água do mar numa malha de abertura de 0,5mm, e os organismos retidos serão armazenados e fixados em álcool 70% em recipientes fechados para posterior análise em laboratório. Dentre os quatros transectos demarcados, três serão sorteados para amostragem de sedimento. Na porção central de cada um destes transectos serão feitos dois pontos de amostragens de sedimento. Um ponto destina-se às análises da granulometria, e será obtido com um amostrador cilíndrico de 5cm de diâmetro enterrado a 20cm de profundidade; e outro para matéria orgânica, utilizando um de 3cm de diâmetro enterrado a 10cm de profundidade. As amostras serão etiquetadas e refrigeradas para posterior análise. O perfil praial será determinado em cada praia e episódio de coleta pelo método de Emery.
O presente projeto terá suas coletas iniciadas em julho/2018 e previstas para acabar em maio/2019, com uma amostragem por estação do ano. A etapa a ser desenvolvida durante a estadia do CEBImar é a primeira, correspondente a de amostragem do material. Assim, as coletas serão realizadas em julho/agosto de 2018; outubro/novembro de 2018; janeiro/fevereiro de 2019 e abril/maio de 2019. Nela serão amostrados indivíduos de I. Cinerea e também sedimento das praias escolhidas.
As outras etapas do projeto consistem em (ii) análise do sedimento obtido, (iii) dos organismos quanto à medição, analises morfométricas e populacionais, (iv) análise dos dados obtidos. Todas estão programadas para ocorrerem até outubro/2019, em laboratórios da UNIFESP-BS.

Solicitações

Nenhum
Nenhum
Impages cinerea, antigamente conhecido como Hastula cinerea.
Praia da Enseada em Ubatuba (23°29'32.0"S 45°05'45.7"W)
Praia Grande em Ubatuba (23º28'11.64"S 45º3'51.851"W)
Praia da Baleia em São Sebastião (23°46'27.8"S 45°40'29.6"W)
Praia de Guaecá em São Sebastião (23°49'18.5"S 45°27'31.2"W)
Praia das Ton
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Nenhum
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