Projeto de pesquisa

Serão utilizadas fêmeas juvenis de E. marginatus cedidas pela Companhia Energética de São Paulo (Paraibuna/SP). Os animais serão mantidos por 7 dias no biotério de ectotérmicos do IB/USP (25oC e fotoperíodo 14:10) antes dos testes ecotoxicológicos. Os animais (n = 144) serão divididos em 12 aquários de vidro (140L; 12 animais/aquário), com renovação de água realizada a cada 48h para a reposição do fenantreno de acordo com o protocolo de Campos et al. (2018). A exposição ao composto será realizada em teste agudo de 96h (em triplicata) nos seguintes grupos experimentais: grupo controle, grupo exposto ao veículo de diluição (0,004% de etanol) e dois grupos “fenantreno”, um com dose mais baixa (0,1mg/L) e outra com dose mais elevada (1mg/L) (de acordo com Campos et al., 2018). Para a análise comportamental (elaboração de um etograma), serão instaladas câmeras e os animais serão filmados durante 1 hora nos seguintes tempos de exposição: 0, 6, 10, 24, 30, 34, 48, 54, 58, 72, 78, 82 e 95h. Finalizadas as 96h de exposição, os animais serão eutanasiados de acordo com a autorização do Comitê de Ética do IB/USP. Serão coletadas amostras de músculo epaxial e fígado para as análises das enzimas relacionadas à avaliação de estresse oxidativo (catalase, glutationa peroxidase, glutationa S-transferase e superóxido dismutase), assim como a lipoperoxidação nestes tecidos. O efeito neurotóxico do fenantreno será avaliado no encéfalo, músculo e brânquias, utilizando como biomarcador a atividade da acetilcolinesterase. As análises destes biomarcadores foram padronizadas para esta espécie por Munõz-Peñuela et al. (2021).