Projeto de pesquisa
Parecer da Comissão Científica
Aprovado
Projeto do CEBIMar
Dados do solicitante
Ronaldo Bastos Francini Filho
Natureza do projeto
Projeto de docente ou pesquisador
Selecione ou escolha outra natureza do projeto
Outra - Projeto PRP USP
Pesquisadores ou docentes associados
Samuel Coelho de Faria
Alvaro Esteves Migotto
Cláudio Gonçalves Tiago
Aurea Maria Ciotti
Augusto Alberto Valero Flores
Marcelo Visentini Kitahara
Juan Pablo Quimbayo
Eduardo Siegle
Hudson Tercio Pinheiro
Vinicius José Giglio Fernandes
Recursos
21.1.10424.1.9
PRP USP (Edital PIPAE)
Descrição do projeto
Identificação de berçários de peixes recifais de importância econômica no litoral norte do Estado de São Paulo
08-11-2021
01-12-2025
Peixes recifais apresentam uma fase larval planctônica que termina com o assentamento dos indivíduos em recifes rasos costeiros. O litoral de São Paulo abarca extensos recifes rochosos que suportam importante atividade pesqueira. Este projeto tem como objetivo prever, pela primeira vez, a ocorrência de berçários de peixes recifais importantes na pesca e suas relações com variáveis oceanográficas no litoral de São Paulo. Os resultados subsidiarão estratégias mais eficientes de manejo pesqueiro
conectividade ecológica, recifes rochosos, ciclo de vida, recifes artificiais
As amostragens serão realizadas em 15 sítios rasos ( 30 m) distribuídos ao longo do litoral norte de São Paulo. Os sítios amostrais estão inseridos em ambientes costeiros e insulares e dentro de duas áreas protegidas: Refúgio de Vida Silvestre (REVIS) Alcatrazes (protegida contra a pesca) e Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha Litoral Norte (pesca permitida).
Variações na composição e abundância de indivíduos recém assentados de peixes recifais de importância econômica serão avaliadas utilizando-se recifes artificias ancorados (RAAs) nos 15 sítios rasos (cf. Leis et al. 2002, Ammann 2004). As amostragens serão realizadas no verão (março-abril 2022) e no inverno (julho-agosto 2022) e concentradas em períodos de lua nova, quando a luminosidade é mínima e a intensidade de assentamento maior (D'Alessandro et al. 2007, Wilson & Meekan 2001). Os RAAS serão dispostos ao longo do dia em cada sítio amostral e permanecerão submersos ao longo de toda a noite. As unidades amostrais (telas plásticas) serão removidas no dia seguinte e transportadas para a embarcação em sacolas de malha fina (2 x 2 mm). Todos os indivíduos serão transportados em baldes plásticos com aeração e levados para o laboratório vivos, onde serão feitos registros fotográficos. Após o registro fotográfico, os indivíduos serão sacrificados através da imersão em água com gelo por 5 minutos, minimizando assim o sofrimento animal (McCormick 2016, Grande et al. 2019), e posteriormente fixados em álcool 70%. Com o auxílio de lupas, todos os indivíduos serão medidos com precisão de 0,01 cm e identificados com a maior resolução taxonômica possível utilizando-se chaves de identificação (e.g. Fahay 1983, Carpenter & Niem 2001). Espécimes-testemunho (vouchers) serão depositados na Coleção de Peixes do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP).
A cobertura de organismos bentônicos e complexidade do substrato recifal de cada sítio serão caracterizadas utilizando-se metodologia de reconstruções tridimensionais com base em fotogrametria e imagens de vídeo (Structure-from-Motion; House et al. 2018, Kornder et al. 2021). A avaliação da qualidade dos habitats e reconhecimento dos berçários (i.e. hotspots de assentamento com baixas taxas de mortalidade pós-assentamento) serão feitas através da comparação entre a abundância de indivíduos recém-assentados (armadilhas) e a abundância de indivíduos jovens e adultos presentes em cada sítio (Caselle 1999, Félix-Hackradt et al. 2013). A abundância de jovens e adultos será estimada através de censos visuais (transectos de 20 x 2 m; n = 10 por sítio; cf. Ferreira et al. 2001).
Os regimes de temperatura e luminosidade de cada sítio amostral serão caracterizados através de medições, a cada cinco minutos, utilizando-se sensores portáteis (Hobo ONSET) que serão acoplados ao lado de cada unidade amostral. A intensidade das correntes (hidrodinamismo) será avaliada através da estimativa da perda de peso de bolas de gesso acopladas aos RAAs (cf. Matheus et al. 2019). Serão utilizadas séries temporais (WaveWatch III) para a reconstrução da climatologia de ondas em áreas fundas e afastadas da costa e para construção de um modelo de propagação de ondas para as zonas rasas e costeiras (Takase et al. 2021).
As previsões de ocorrência de berçários ao longo do litoral de São Paulo, de acordo com as condições oceanográficas e características do habitat, serão realizadas através da construção de modelos probabilísticos (Bayesianos) espacializados (cf. Roos et al. 2020).
Variações na composição e abundância de indivíduos recém assentados de peixes recifais de importância econômica serão avaliadas utilizando-se recifes artificias ancorados (RAAs) nos 15 sítios rasos (cf. Leis et al. 2002, Ammann 2004). As amostragens serão realizadas no verão (março-abril 2022) e no inverno (julho-agosto 2022) e concentradas em períodos de lua nova, quando a luminosidade é mínima e a intensidade de assentamento maior (D'Alessandro et al. 2007, Wilson & Meekan 2001). Os RAAS serão dispostos ao longo do dia em cada sítio amostral e permanecerão submersos ao longo de toda a noite. As unidades amostrais (telas plásticas) serão removidas no dia seguinte e transportadas para a embarcação em sacolas de malha fina (2 x 2 mm). Todos os indivíduos serão transportados em baldes plásticos com aeração e levados para o laboratório vivos, onde serão feitos registros fotográficos. Após o registro fotográfico, os indivíduos serão sacrificados através da imersão em água com gelo por 5 minutos, minimizando assim o sofrimento animal (McCormick 2016, Grande et al. 2019), e posteriormente fixados em álcool 70%. Com o auxílio de lupas, todos os indivíduos serão medidos com precisão de 0,01 cm e identificados com a maior resolução taxonômica possível utilizando-se chaves de identificação (e.g. Fahay 1983, Carpenter & Niem 2001). Espécimes-testemunho (vouchers) serão depositados na Coleção de Peixes do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP).
A cobertura de organismos bentônicos e complexidade do substrato recifal de cada sítio serão caracterizadas utilizando-se metodologia de reconstruções tridimensionais com base em fotogrametria e imagens de vídeo (Structure-from-Motion; House et al. 2018, Kornder et al. 2021). A avaliação da qualidade dos habitats e reconhecimento dos berçários (i.e. hotspots de assentamento com baixas taxas de mortalidade pós-assentamento) serão feitas através da comparação entre a abundância de indivíduos recém-assentados (armadilhas) e a abundância de indivíduos jovens e adultos presentes em cada sítio (Caselle 1999, Félix-Hackradt et al. 2013). A abundância de jovens e adultos será estimada através de censos visuais (transectos de 20 x 2 m; n = 10 por sítio; cf. Ferreira et al. 2001).
Os regimes de temperatura e luminosidade de cada sítio amostral serão caracterizados através de medições, a cada cinco minutos, utilizando-se sensores portáteis (Hobo ONSET) que serão acoplados ao lado de cada unidade amostral. A intensidade das correntes (hidrodinamismo) será avaliada através da estimativa da perda de peso de bolas de gesso acopladas aos RAAs (cf. Matheus et al. 2019). Serão utilizadas séries temporais (WaveWatch III) para a reconstrução da climatologia de ondas em áreas fundas e afastadas da costa e para construção de um modelo de propagação de ondas para as zonas rasas e costeiras (Takase et al. 2021).
As previsões de ocorrência de berçários ao longo do litoral de São Paulo, de acordo com as condições oceanográficas e características do habitat, serão realizadas através da construção de modelos probabilísticos (Bayesianos) espacializados (cf. Roos et al. 2020).
Atividade: Licenciamento de atividades de pesquisa (ICMBio) - out/dez 2021
Amostragens em campo (recifes rasos) - mar/set 2022
Identificação de larvas de peixes - abr/out 2022
Análise de dados ambientais - abr/out 2022
Análise integrada de dados - jun/dez 2022
Confecção de relatórios e artigos - jun/dez 2022
Amostragens em campo (recifes rasos) - mar/set 2022
Identificação de larvas de peixes - abr/out 2022
Análise de dados ambientais - abr/out 2022
Análise integrada de dados - jun/dez 2022
Confecção de relatórios e artigos - jun/dez 2022
Solicitações
Será utilizada a infra-estrutura de mergulho (estação de recarga de cilindros, embarcações) para coletas em campo. Será utilizado o laboratório atualmente ocupado pelo Prof. Ronaldo (sala 6 do Paulo Sawaya) para manutenção de espécimes vivos em aquários, triagem de material biológico e tabulação/análise de dados. Além disso, serão utilizadas lupas/microscópios disponíveis na sala de miscroscopia para a identificação de larvas.
Lupas e microscópios
Larvas de peixes
15 pontos distribuídos ao longo do litoral norte de SP
Preferencialmente na lua nova e com condições amenas de mar
- Montagem de alguma estrutura (estantes, aquários etc)
- Colocação ou fundeio de alguma estrutura no mar
- Auxílio técnico para manutenção de estruturas ou material biológico na ausência dos participantes da atividade
- Auxílio técnico para coleta de organismos ou observações de campo
- Utilização de embarcação do CEBIMar
- Janeiro
- Fevereiro
- Março
- Abril
- Maio
- Junho
- Julho
- Agosto
- Setembro
- Outubro
- Novembro
- Dezembro
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