Projeto de pesquisa
Parecer da Comissão Científica
Aprovado
Projeto do CEBIMar
Dados do solicitante
Júlio Henrique Garcia da Silva
Natureza do projeto
Projeto de formação discente
Doutorado
Gustavo Muniz Dias
Marcelo Visentini Kitahara
Por favor, selecione
Pesquisadores ou docentes associados
Recursos
Não se aplica
Capes
Descrição do projeto
Homogeneização da biota em habitats artificiais marinhos. Padrões globais e alternativas para minimizar introdução de espécies exóticas
15-07-2023
15-12-2027
A globalização trouxe grandes benefícios para os seres humanos, mas também grandes impactos para os ecossistemas. Um desses impactos foi a introdução de espécies exóticas, seja de forma intencional ou acidental, que traz uma drástica redução na biodiversidade nativa, que leva à homogeneização da biota em habitats antropizados ao redor do globo. Muitas estratégias têm sido tomadas para combater e reduzir a introdução de espécies exóticas. Algumas delas visam prevenir os possíveis vetores de espécies exóticas, outras buscarão combater as espécies que já invadiram principalmente as estruturas feitas pelo homem. Baseados nesses problemas, o objetivo desse projeto é, à partir de uma meta-análise, compreender melhor como as espécies exóticas levam à homogeneização da biota nos ambientes artificiais marinhos, e como as construções feitas pelo homem diminuem a diversidade de espécies. Além disso, através da retirada manual de espécies exóticas e da pré-colonização com espécies nativas, vamos testar soluções práticas para o combate de espécies exóticas em uma marina do litoral norte do Estado de São Paulo, e testaremos qual solução exige o menor esforço e traz a melhor eficácia na prevenção do estabelecimento de espécies exóticas.
conservação, diversidade, riqueza, pré-colonização, coral-sol, Tubastraea spp., Mycale angulosa
Experimentos em campo
Visando responder as perguntas: “Como impedir a colonização de espécies exóticas em ambientes antropizados?”, e “Qual o esforço necessário para impedir a colonização de espécies exóticas em ambientes antropizados?” faremos a limpeza e pré-colonização do quebra-mar do Yacht Clube de Ilhabela (YCI), localizado no município de Ilhabela – SP.
Experimento 1
Para avaliar se apenas a retirada periódica das espécies exóticas é suficiente para impedir que essas se espalhem pelo substrato e com isso minimizar eventuais impactos nas comunidades nativas, utilizaremos espátulas de metal para limpar 20 áreas de 40 cm2 nas laterais das plataformas do YCI, removendo principalmente as duas espécies exóticas predominantes na região: o Coral- Sol (Tubastraea spp.) e o briozoário incrustante Schizoporella spp.) Em metade das áreas raspadas, colonizaremos a região central com uma pequena colônia da esponja nativa Mycale angulosa , enquanto nas 10 áreas restantes apenas faremos a remoção das exóticas. A escolha da esponja Mycale angulosa é o resultado de trabalho prévio feito na região, no qual nosso grupo de pesquisa demonstrou que a mesma é capaz de monopolizar placas de recrutamento rapidamente reduzindo a ocorrência de espécies exóticas (Ohayashi et al. submetido). Há, portanto, a necessidade de testar a eficácia diretamente nas áreas invadidas.
Experimento 2:
Para avaliar o quanto a diversidade de espécies nativas fixas ao substrato pode interferir no sucesso de colonização de espécies exóticas, e se a área semeada (sedded) inicialmente importa, rasparemos 40 áreas de 40 cm2. Cada pedaço terá 5 cm2 de área e cada tratamento terá 10 réplicas que serão distribuídas da seguinte forma:
Tratamento 1: apenas um pedaço de Mycale angulosa
Tratamento 2: 2 pedaços de esponjas
Controle: nenhuma esponja
Experimento 3:
Por fim, para descobrir se apenas uma espécie nativa é capaz de impedir o estabelecimento de uma exótica, e qual é a menor quantidade de espécies pré-colonizadas necessárias para esse sucesso, limparemos 50 áreas de 40 cm2. Cada pedaço terá 5 cm2 de área, e cada tratamento terá 10 réplicas que serão distribuídas da seguinte forma:
Tratamento 1: 4 pedaços da espécie A (Mycale angulosa)
Tratamento 2: 4 pedaços da espécie B
Tratamento 3: 4 pedaços da espécie C
Tratamento 4: 4 pedaços da espécie D
Tratamento 5: 1 pedaço de cada espécie (A, B, C e D)
A escolha das espécies B, C e D será feita através de análises à priori em campo, utilizando como critério a abundância e facilidade de obtenção dessas espécies. Daremos prioridade para espécies nativas, todavia, na ausência dessas, utilizaremos espécies criptogênicas que causam pouco ou nenhum impacto na colonização de novos habitats, mas que mesmo assim, impedem o estabelecimento das espécies exóticas.
A fixação das esponjas será feita utilizando Tubolit® e lacres plásticos e os pedaços de esponja de, aproximadamente 5x5cm2 serão coletados nas próprias plataformas. A comparação da estrutura das comunidades sujeitas aos dois tratamentos será feita através de fotografias tiradas com câmeras Go pro em cada uma das réplicas mensalmente por até 24 meses. Todas as fotos serão analisadas no Software Image J (Schneider et al., 2012), no qual avaliaremos qual tratamento foi mais efetivo para evitar o estabelecimento de espécies exóticas, principalmente as duas espécies removidas.
Ao final do experimento as áreas serão raspadas e armazenadas em sacos plásticos utilizando um sugador para avaliarmos a diversidade e abundância de organismos sésseis. O material coletado será fixado em etanol 70% e processado em laboratório para identificação dos organismos presentes.
Visando responder as perguntas: “Como impedir a colonização de espécies exóticas em ambientes antropizados?”, e “Qual o esforço necessário para impedir a colonização de espécies exóticas em ambientes antropizados?” faremos a limpeza e pré-colonização do quebra-mar do Yacht Clube de Ilhabela (YCI), localizado no município de Ilhabela – SP.
Experimento 1
Para avaliar se apenas a retirada periódica das espécies exóticas é suficiente para impedir que essas se espalhem pelo substrato e com isso minimizar eventuais impactos nas comunidades nativas, utilizaremos espátulas de metal para limpar 20 áreas de 40 cm2 nas laterais das plataformas do YCI, removendo principalmente as duas espécies exóticas predominantes na região: o Coral- Sol (Tubastraea spp.) e o briozoário incrustante Schizoporella spp.) Em metade das áreas raspadas, colonizaremos a região central com uma pequena colônia da esponja nativa Mycale angulosa , enquanto nas 10 áreas restantes apenas faremos a remoção das exóticas. A escolha da esponja Mycale angulosa é o resultado de trabalho prévio feito na região, no qual nosso grupo de pesquisa demonstrou que a mesma é capaz de monopolizar placas de recrutamento rapidamente reduzindo a ocorrência de espécies exóticas (Ohayashi et al. submetido). Há, portanto, a necessidade de testar a eficácia diretamente nas áreas invadidas.
Experimento 2:
Para avaliar o quanto a diversidade de espécies nativas fixas ao substrato pode interferir no sucesso de colonização de espécies exóticas, e se a área semeada (sedded) inicialmente importa, rasparemos 40 áreas de 40 cm2. Cada pedaço terá 5 cm2 de área e cada tratamento terá 10 réplicas que serão distribuídas da seguinte forma:
Tratamento 1: apenas um pedaço de Mycale angulosa
Tratamento 2: 2 pedaços de esponjas
Controle: nenhuma esponja
Experimento 3:
Por fim, para descobrir se apenas uma espécie nativa é capaz de impedir o estabelecimento de uma exótica, e qual é a menor quantidade de espécies pré-colonizadas necessárias para esse sucesso, limparemos 50 áreas de 40 cm2. Cada pedaço terá 5 cm2 de área, e cada tratamento terá 10 réplicas que serão distribuídas da seguinte forma:
Tratamento 1: 4 pedaços da espécie A (Mycale angulosa)
Tratamento 2: 4 pedaços da espécie B
Tratamento 3: 4 pedaços da espécie C
Tratamento 4: 4 pedaços da espécie D
Tratamento 5: 1 pedaço de cada espécie (A, B, C e D)
A escolha das espécies B, C e D será feita através de análises à priori em campo, utilizando como critério a abundância e facilidade de obtenção dessas espécies. Daremos prioridade para espécies nativas, todavia, na ausência dessas, utilizaremos espécies criptogênicas que causam pouco ou nenhum impacto na colonização de novos habitats, mas que mesmo assim, impedem o estabelecimento das espécies exóticas.
A fixação das esponjas será feita utilizando Tubolit® e lacres plásticos e os pedaços de esponja de, aproximadamente 5x5cm2 serão coletados nas próprias plataformas. A comparação da estrutura das comunidades sujeitas aos dois tratamentos será feita através de fotografias tiradas com câmeras Go pro em cada uma das réplicas mensalmente por até 24 meses. Todas as fotos serão analisadas no Software Image J (Schneider et al., 2012), no qual avaliaremos qual tratamento foi mais efetivo para evitar o estabelecimento de espécies exóticas, principalmente as duas espécies removidas.
Ao final do experimento as áreas serão raspadas e armazenadas em sacos plásticos utilizando um sugador para avaliarmos a diversidade e abundância de organismos sésseis. O material coletado será fixado em etanol 70% e processado em laboratório para identificação dos organismos presentes.
Durante o primeiro ano do doutorado (ou seja, os 3 primeiros quadrimestres), cumprirei as disciplinas necessárias, ao mesmo tempo em que farei o levantamento de artigos para a meta-análise (2 primeiros quadrimestres). Do segundo quadrimestre de 2023 até o segundo quadrimestre de 2024 realizarei a meta-análise. No segundo quadrimestre de 2023 também instalarei os experimentos em campo, os quais acompanharei mensalmente.
No final do ano de 2024 farei a qualificação. A análise dos dados se iniciará no segundo quadrimestre de 2023 e irá até o terceiro quadrimestre de 2025. As redações dos artigos e dos relatórios serão feitas após o término de cada etapa (teórica ou experimental) e a defesa da tese será no segundo quadrimestre de 2026.
No final do ano de 2024 farei a qualificação. A análise dos dados se iniciará no segundo quadrimestre de 2023 e irá até o terceiro quadrimestre de 2025. As redações dos artigos e dos relatórios serão feitas após o término de cada etapa (teórica ou experimental) e a defesa da tese será no segundo quadrimestre de 2026.
Solicitações
Bancada para processamento de material com água do mar corrente.
Estereomicroscópio, bandejas de plástico
Invertebrados sesseis e vágeis
Yatch Clube de Ilhabela
Não se aplica
- Colocação ou fundeio de alguma estrutura no mar
- Auxílio técnico para manutenção de estruturas ou material biológico na ausência dos participantes da atividade
- Auxílio técnico para coleta de organismos ou observações de campo
- Utilização de embarcação do CEBIMar
- Janeiro
- Fevereiro
- Março
- Abril
- Maio
- Junho
- Julho
- Agosto
- Setembro
- Outubro
- Novembro
- Dezembro
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