Projeto de pesquisa
Parecer da Comissão Científica
Aprovado
Projeto do CEBIMar
Dados do solicitante
Guilherme Toledo Alves Patrocinio
Natureza do projeto
Projeto de formação discente
Doutorado
Samuel Coelho de Faria
Por favor, selecione
Pesquisadores ou docentes associados
Recursos
#2022/03105-7
Fapesp
Descrição do projeto
Ecofisiologia em recifes de coral: o papel da luz e modo trófico na tolerância do coral-cérebro brasileiro diante de mudanças climáticas simuladas
21-07-2024
21-07-2028
No Brasil, os corais fotossimbióticos de águas rasas distribuem-se pela região tropical da costa Brasileira, atingindo até o estado de Santa Catarina. Os recifes marginais encontrados nessa região sofrem a influência da elevada sedimentação e disponibilidade de nutrientes, provenientes da intensa atividade fluvial e escoamento superfícial. Dessa forma, os corais encontrados aqui demonstram maior tolerância à turbidez e a sedimentação, características que podem estar relacionadas com os baixos registros de branqueamento na região, quando comparados com recifes do Indo-Pacífico e Mar do Caribe. Apesar de ter sido hipotetizado que o Atlântico-Sul possa servir como um refúgio para os corais durante cenários de mudanças climáticas projetados para os próximos anos, os mecanismos bioquímicos e fisiológicos que explicam a maior tolerância dos corais brasileiros a esses eventos climáticos ainda são pouco compreendidos, especialmente os efeitos da luz e heterotrofia na bioquímica e na fisiologia sistêmica em cenários experimentais controlados e diante do câmbio climático projetado. Para isso, experimentos laboratoriais controlados, diante de diferentes regimes de luz, de distintas contribuições auto- e heterotrófica, e/ou sob um cenário combinado de acidificação e aquecimento, serão realizados a fim de elucidar mecanismos ecofisiológicos da tolerância de corais nos recifes do Atlântico Sul, estes marginalizados na perspectiva global. Especificamente, utilizando-se o coral-cérebro Mussimilia hispida, espécie endêmica do Brasil, como modelo, testaremos se (i) o estado oxidativo é dependente da intensidade luminosa, (ii) se a combinação de diferentes mecanismos tróficos eleva produção de energia e promove crescimento, e se (iii) a heterotrofia contribui à tolerância fisiológica diante de um cenário moderado de aquecimento (+ 3,5 °C) e acidificação (-0,6 unidades de pH) previstos até o final do século (IPCC, 2023).
Corais escleractíneos; Atlântico-Sul; Metabolismo; Calcificação.
Colônias do coral-cérebro Mussismilia hispida serão coligidas do Arquipélago de Alcatrazes e encaminhadas ao Centro de Biologia Marinha (CEBIMar/USP) para fragmentação e aclimatação (30 dias) em aquários em sistema aberto com a água do mar.
Capítulo 1. Fragmentos (N = 7) serão expostos a diferentes intensidades de luz, em sistema aberto com a água do mar, 26 °C, por até 28 dias. Serão avaliadas métricas relacionadas a integridade da simbiose, do metabolismo energético, e do estado oxidativo.
Capítulo 2. fragmentos (N = 7) serão expostos a diferentes condições tróficas, em sistema fechado com água do mar artificial. Haverá grupos diferencialmente expostos a luz, matéria orgânica dissolvida, plâncton e nutrientes, isolados e em combinação, por até 28 dias a 26 °C. Serão avaliados marcadores relacionados a simbiose, metabolismo energético e o crescimento dos corais.
Capítulo 3. Fragmentos (N = 7) serão expostos a condições moderadas de aumento da temperatura (+ 3,5 °C) e redução do pH (-0,6 unidades de pH), isolados e combinadamente com heterotrofia, em sistema aberto com a água do mar filtrada, 100 μmol m-2 s-1, por até 14 dias. Serão avaliados possíveis alterações no estado oxidativo, no metabolismo energético e no crescimento.
Capítulo 1. Fragmentos (N = 7) serão expostos a diferentes intensidades de luz, em sistema aberto com a água do mar, 26 °C, por até 28 dias. Serão avaliadas métricas relacionadas a integridade da simbiose, do metabolismo energético, e do estado oxidativo.
Capítulo 2. fragmentos (N = 7) serão expostos a diferentes condições tróficas, em sistema fechado com água do mar artificial. Haverá grupos diferencialmente expostos a luz, matéria orgânica dissolvida, plâncton e nutrientes, isolados e em combinação, por até 28 dias a 26 °C. Serão avaliados marcadores relacionados a simbiose, metabolismo energético e o crescimento dos corais.
Capítulo 3. Fragmentos (N = 7) serão expostos a condições moderadas de aumento da temperatura (+ 3,5 °C) e redução do pH (-0,6 unidades de pH), isolados e combinadamente com heterotrofia, em sistema aberto com a água do mar filtrada, 100 μmol m-2 s-1, por até 14 dias. Serão avaliados possíveis alterações no estado oxidativo, no metabolismo energético e no crescimento.
Revisão da Literatura - Junho de 2024 a Junho de 2028;
Cumprimento de créditos/disciplinas - Julho a Dezembro de 2024;
Coleta de animais, experimentação e análises - Janeiro de 2025 a dezembro de 2027;
Participação de eventos científicos - Julho de 2025 a Junho de 2028;
Defesa e depósito da tese - Julho de 2028.
Cumprimento de créditos/disciplinas - Julho a Dezembro de 2024;
Coleta de animais, experimentação e análises - Janeiro de 2025 a dezembro de 2027;
Participação de eventos científicos - Julho de 2025 a Junho de 2028;
Defesa e depósito da tese - Julho de 2028.
Solicitações
Salas 1 e 2 do Laboratório Paulo Sawaya.
Equipamentos das salas de preparações (centrífuga) e balanças, e laboratórios 1 e 2 do Laboratório Paulo Sawaya.
Plâncton durante o período experimental.
Arquipélago de Alcatrazes
Mar calmo.
- Auxílio técnico para manutenção de estruturas ou material biológico na ausência dos participantes da atividade
- Auxílio técnico para coleta de organismos ou observações de campo
- Janeiro
- Fevereiro
- Março
- Abril
- Maio
- Junho
- Julho
- Agosto
- Setembro
- Outubro
- Novembro
- Dezembro
30
1