Projeto de pesquisa
Parecer da Comissão Científica
Aprovado
Projeto do CEBIMar
Dados do solicitante
Tito Monteiro da Cruz Lotufo
Natureza do projeto
Projeto de docente ou pesquisador
Selecione ou escolha outra natureza do projeto
Projeto autônomo
Pesquisadores ou docentes associados
Alvaro Esteves Migotto
Recursos
440472/2022-9
CNPq
Descrição do projeto
Monitoramento da Biota Críptica em Ilhas Costeiras de São Paulo
18-10-2024
19-08-2028
A diversidade dos organismos com hábitos crípticos em ambientes coralíneos representa um dos grandes desafios para o conhecimento da biodiversidade marinha. Com o intuito de estudar a biota críptica de áreas recifais, foi desenvolvida uma estrutura artificial cúbica e desmontável denominada de Autonomous Reef Monitoring Structure (ARMS). Estas estruturas são mantidas submersas por cerca de um ano, permitindo o recrutamento da biota críptica, que pode então ser coletada de forma eficiente e sem dano ao ambiente. As ARMS já estão sendo usadas na última década em dezenas de localidades do mundo, abrangendo uma grande variedade de sistemas coralíneos, e estão sendo utilizadas para o inventário da biota críptica de áreas insulares costeiras em São Paulo, com um total de 4 pontos, nas seguintes unidades de conservação: Estação Ecológica Tupinambás, Parque Estadual da Ilha Anchieta e Refúgio da Vida Silvestre de Alcatrazes. As ARMS estão instaladas em triplicatas em cada ponto, em profundidades ao redor de 10m, permanecendo submersas por um período aproximado de 24 meses. Após o período de submersão, as ARMS são substituídas e processados, com os organismos coletados, fotografados e preservados para identificação morfológica e geração de sequências de DNA barcoding. Também é empregada a estratégia de meta-barcoding, utilizando plataformas de sequenciamento massivo para obtenção de sequências curtas para comparação com bases de dados. Se espera, dessa forma, descrever e monitorar a diversidade da biota críptica do infralitoral rochoso das ilhas costeiras estudadas, permitindo a avaliação e comparação com outras localidades do mundo.
Monitoramento, biodiversidade, criptofauna
As ARMS são esturturas formadas por um conjunto de 9 placas de PVC espaçadas e montadas sobre uma base mais larga do mesmo material. Elas foram instaladas em dois locais, sendo o sítio geladeira no REVIS Alcatrazes e o sítio ESEC, na ESEC Tupinambás, ambos na Ilha de Alcatrazes. Foram instaladas em triplicata a cerca de 10m de profundidade.
Para o processamento as esturturas são cobertas por uma caixa plástica ainda no local, e transportadas por mergulhadores para a embarcação onde são acondicionadas em caixas com águaá do mar filtrada.
Em laboratório as esturturas são desmontadas e as placas mantidas sob aeração em água filtrada. A água da caixa que acondicionada a ARMS é então filtrada em uma série de 3 peneiras para coleta e separaçãoda fauna vágil em 4 frações. Os organimos da macrofauna vágil são contabilizados e amostras coletadas para referência. Demais frações são mantidas em solução de DMSO saturada com sal.
As placas são fotografadas e tem então sua cobertura analisada para identificação a mostragem direta de organismos presentes. Em seguida são raspadas e homogeneizadas em liquidificador. O material é preservado em solução de DMSO saturada com sal, para posterior extração de DNA e análise de metabarcoding.
Etapas posteriores, já em São Paulo, envolvem a análise de cobertura das placas por meio do aplicativo CoralNet. As frações de organismos vágeis menores e da biota séssil tem seu DNA extraído e com o uso de iniciadores com tags se faz a amplificação de regiões do CO1 e 18S para metabarcoding. Os produtos são enviados para sequenciamento e posteriormente analisados em pipeline próprio para remoção dos iniciadores, demultiplexação e identificação dos fragmentos amplificados e sequenciados.
Para o processamento as esturturas são cobertas por uma caixa plástica ainda no local, e transportadas por mergulhadores para a embarcação onde são acondicionadas em caixas com águaá do mar filtrada.
Em laboratório as esturturas são desmontadas e as placas mantidas sob aeração em água filtrada. A água da caixa que acondicionada a ARMS é então filtrada em uma série de 3 peneiras para coleta e separaçãoda fauna vágil em 4 frações. Os organimos da macrofauna vágil são contabilizados e amostras coletadas para referência. Demais frações são mantidas em solução de DMSO saturada com sal.
As placas são fotografadas e tem então sua cobertura analisada para identificação a mostragem direta de organismos presentes. Em seguida são raspadas e homogeneizadas em liquidificador. O material é preservado em solução de DMSO saturada com sal, para posterior extração de DNA e análise de metabarcoding.
Etapas posteriores, já em São Paulo, envolvem a análise de cobertura das placas por meio do aplicativo CoralNet. As frações de organismos vágeis menores e da biota séssil tem seu DNA extraído e com o uso de iniciadores com tags se faz a amplificação de regiões do CO1 e 18S para metabarcoding. Os produtos são enviados para sequenciamento e posteriormente analisados em pipeline próprio para remoção dos iniciadores, demultiplexação e identificação dos fragmentos amplificados e sequenciados.
Deverão ser realizadas visitas bi-anuais para processamento das ARMS instaladas, com previsãoes para outubro/novembro de 2024, outubro de 2026 e outubro de 2028.Cada visita dependerá da estadia de uma equipe de 5 ou 6 pesquisadores por 1 semana.
Solicitações
Laboratório com cerca de 40m2 de área.
Necessitamos, se possível, de ao menos 2 lupas com iluminação, água do mar corrente, uso dos sistemas de recarga de cilindros.
Biota críptica que recruta nas estruturas, incluindo Porifera, Cnidaria, Arthropoda, Mollusca, Chordata, Bryozoa, Annelida, entre outros.
Arquipélago de Alcatrazes
Sim, condições de mar calmo para navegação até o arquipélago de Alcatrazes.
- Utilização de embarcação do CEBIMar
- Recarga de cilindros de mergulho
- Outubro
- Novembro
7
6