Parecer da Comissão Científica

Aprovado
Projeto do CEBIMar

Dados do solicitante

Mariana Marcondes Couto

Natureza do projeto

Projeto de formação discente
Mestrado
Ronaldo Bastos Francini Filho
Andreia Cristina Câmara Barbosa
Por favor, selecione

Pesquisadores ou docentes associados

Recursos

88887.116538/116538/2025-00
Capes

Descrição do projeto

O papel da luz e da temperatura na resiliência de corais ao branqueamento: um estudo de caso com Mussismilia hispida no Banco dos Abrolhos, BA.
11-03-2025
28-02-2027
O aquecimento global tem intensificado eventos de branqueamento, comprometendo a resiliência de corais. Em meio a esse cenário, refúgios climáticos emergem como áreas que oferecem condições ambientais mais estáveis, reduzindo o impacto do calor extremo e promovendo a persistência de populações coralíneas. Em contrapartida, corais que já vivem em ambientes expostos a altas temperaturas e estresse luminoso podem apresentar uma vantagem adaptativa em relação a corais de refúgio. No Brasil, a heterogeneidade ambiental dos recifes pode favorecer a existência desses refúgios, especialmente em habitats mais profundos ou em áreas costeiras turvas, e também de áreas não refúgio, em habitats mais rasos. Este estudo busca identificar e validar refúgios climáticos no Banco de Abrolhos, bem como examinar os trade-offs ecofisiológicos entre corais de áreas de refúgio e não-refúgio. Para isso, serão analisadas as respostas ecofisilógicas de corais ao estresse térmico e luminoso por meio de experimentação em aquário. Nossas principais hipotéses são: 1) Corais de não refúgio terão respostas ecofisiológicas melhores que corais de refúgio sob estresse de temperatura e luz; 2) Corais de refúgio e não-refúgio apresentarão respostas semelhantes; 3) Os níveis de luz mais baixos irão mitigar os impactos negativos do estresse térmico em corais sombreados ou até mesmo melhorará o seu desempenho em comparação a corais sob estresse luminoso. Os resultados fornecerão insights sobre a capacidade adaptativa dos corais brasileiros e auxiliarão na formulação de estratégias de conservação, contribuindo para a gestão de áreas marinhas protegidas e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas sobre os recifes de coral.
Mudança climática, resiliência, Mussismilia, resposta fisiológica, corais, estresse térmico, estrese luminoso.
O coral Mussismilia hispida será utilizado como espécie modelo. As colônias serão obtidas no Parcel das Paredes, Banco de Abrolhos, Bahia em dois habitats distintos: topos recifais (2 a 4 m de profundidade) e paredes recifais (5 a 15 m de profundidade). Cinco colônias de M. hispida serão coletadas em cada habitat por meio de mergulho autônomo (SCUBA), totalizando 10 colônias. As colônias vivas serão transportadas por via terrestre para as instalações do Centro de Biologia Marinha (CEBIMar-USP).
Em laboratório, cada colônia será fragmentada em 16 partes (~2 cm²), com auxílio de serrote e equipe técnica. No sistema de aquários de circulação aberta de aguá proviniente do mar, já instalado na sala dos fundos do Laboratório Erasmo Garcia Mendes, os fragmentos serão aclimatados por 21 dias sob condições de temperatura e luz nativas de cada habitat, conforme medições de sensores HOBO. Após a aclimatação, um fragmento de cada colônia será exposto a oito cenários experimentais, combinando tratamentos de temperatura (nativa/controle e aquecida) e luz (baixa e alta), em um experimento de rampa. Cada tratamento terá uma réplica, totalizando 16 aquários em funcionamento simultâneo, cada um contendo um fragmento de cada colônia. O sistema de aquários, alimentado com água do mar corrente, permitirá a exposição simultânea de corais de ambos os habitats a todas as condições experimentais.
Amostras serão coletadas e posteriormente mantidas congeladas nas dependências do Laboratório Paulo Sawaya em três momentos: em campo, após o período de aclimatação e após os experimentos de rampa. No total, 528 amostras serão analisadas (330 para análises fisiológicas e 198 para análises de densidade de Symbiodiniaceae e concentração de clorofira-a). As respostas ao estresse serão avaliadas por meio de parâmetros ecofisiológicos, incluindo branqueamento/necrose tecidual, consumo de oxigênio, eficiência fotossintética e estresse oxidativo.
Teste dos sistema experimental de aquários: Março 2025 a Maio 2025
Coleta dos corais em Abrolhos: Maio de 2025
Experimentação em aquário: Maio de 2025 a Julho de 2025
Análises ecofisiológicas dos fragmentos: Julho de 2025 a Fevereiro de 2026
Análises dos resultados: Novembro de 2025 a Julho de 2026
Redação da Dissertação: Fevereiro de 2026 a Fevereiro de 2027

Solicitações

Sala dos fundos do Laboratório Erasmo Garcia Mendes, Sala 06 do Laboratório Paulo Sawaya, Super Freezers e Congeladores do Laboratório Paulo Sawaya.
Aquários, aquecedores, sistema de fluxo de água
Colônias e fragmentos de Mussismilia hispida em Abrolhos, BA (licença SIBIO 92468-4)
Banco de Abrolhos, Bahia, Brasil.
Não.
Sim
  • Montagem de alguma estrutura (estantes, aquários etc)
  • Auxílio técnico para manutenção de estruturas ou material biológico na ausência dos participantes da atividade
  • Janeiro
  • Fevereiro
  • Março
  • Abril
  • Maio
  • Junho
  • Julho
  • Agosto
  • Setembro
  • Outubro
  • Novembro
  • Dezembro
22
1